sexta-feira, dezembro 18, 2009

Richard- I



Ja que eu mencionei o Hans, deixe me contar sobre o Richard. Na Mut Mee pousada onde eu passei muito tempo em Nong Khai ha mesas num jardim de onde se ve o rio Mekong. Sao cobertas por “cabaninhas” de palha e ali sentam se todos os guests. O sistema é para la de informal. Cada quarto tem seu caderninho. Quando voce quer beber alguma coisa, pega na geladeira e anota no caderninho. Quando quer comer escreve no caderninho e leva a mesa da cozinha. Ai voce senta e umas das mocas que trabalham na cozinha vem trazer. O sistema é informal, o lugar é pequeno, e eu falo muito. O que resultou em eu conhecer quase que todo mundo hospedado. Algumas pessoas como eu, vinham para passar um dia e iam ficando, cativado pelo charme do jardim, pelo Mekong e pelos outros viajantes. A Mut mee é tão aconchegante que um pequeno vilarejo de viajantes que ficaram se formou atras da guesthouse. Todo dia tem meditacao as duas da tarde, tem uma livraria, bicletas, e uma bar barco cheio de almofadas flutuando no Mekong. Nada disso faria muita diferença para mim se não fossem as pessoas. As pessoas que trabalham na Mut Mee, que se mudaram ha anos para as casas de tras, e os viajantes são pessoas com quem eu me identifiquei muito.

Quem nunca viajou por um longo tempo talvez nao saiba, mas quando vc fica vaijando por meses de repente encontrar lugares que parecem “casa” é o que há de mais valioso. No sentido, de que como tem-se tempo ja nao viaja-se naquela sangria desatada de ver um milhao de coisas todos os dias. Para-se e contempla-se o presente, as pessoas, seus costumes. Isso aconteceu para mim primeiro em Nong Khai. Nong Khai cidade de passagem para os turista. Parada entre quem ta saindo da Tailandia para entrar no Laos. Eu, e muitos ficamos.

Assim, que todas as manhas quando eu ia me sentar na longa mesa de Madeira para pedir meu musli tropical eu encontrava outros viajantes. Começavamos conversas infidaveis, sobre destinos, pessoas, politica, musica… e um certo dia enquanto eu ouvia o Gavin, meu amigo canadense, contar sobre seu encontro com o “Sultao de Brunei” no Vietnã, um senhor velho de camisa azul e shorts, curativo na perna, disse de uma maneira meio estranha ( uma fala meio devagar, meio quebrada) mas enfatica que ele nunca iria ao Vietnã. Eu olhei para o lado, para o seu rosto e soube de cara, o Richard tinha estado na guerra.

Um comentário:

Anônimo disse...

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