And herein lies the tragedy of the age:not that men are poor,.. all men know something of poverty;not that men are wicked,.. who is good? Not that men are ignorant,..what is the thruth? Nay, but that men know so little of man. W.E.B du Bois (The souls of Black Folk)
segunda-feira, abril 14, 2008
A Massai Branca
Assisti esses dias o filme a Massai Branca. Na hora eu até gostei um pouco, pois achei a fotografia muito bonita, e afinal de contas não é toda hora que temos a chance de ver um guerreiro Samburu. Durante o filme, no entanto, eu tive uma sensação constante de desconforto. Antes de escrever sobre ela, vou falar um pouco sobre a estória do filme.
O filme é baseado na estória real, de uma suíça, que ao passar ferias no Kenya, se apaixona por um guerreiro Samburu. Ela abandona o namorado ( que está com ela no Kenya), a loja que ela tem na suíça e vai atrás do tal guerreiro. Depois de pegar um monte de ônibus, ela vai parar num vilarejo onde ela encontra um padre italiano, e uma outra mulher européia. A mulher também casada com um Kenyano explica a ela que se o guerreiro quiser, ele a encontra, que no Kenya a mulher espera. E é o que ela faz: espera até o guerreiro ir buscá-la. Então, eventualmente ela muda para tribo do guerreiro, e engravida. No total fica uns dois anos la antes de voltar meio que fugida para Suiça.
Em poucas linhas, essa é a estória do filme. Como eu já disse antes, eu tive sentimentos mesclados ao assisti-lo. A fotografia é bonita, o Kenya é lindo, as cores, as pessoas, e a tribo dos Samburu são fascinantes. O filme é bem manipulador, pois força ao espectador constantemente a visão dessa suíça. Tudo bem, a estória é escrita por ela.
No entanto, alguns aspectos me incomodam, alguns deles são: primeiro que obviamente o que ela sentiu pelo cara que ela viu um segundo não foi amor mas atração sexual que alias termina em pouquíssimo tempo quando ela o conhece mas já está grávida. Ate ai, tudo bem, todo mundo sente. O que me deixa um pouco incomodada é essa noção bem ocidental que temos direito a experimentar tudo. Muitas vezes sem levar em consideração as consequências para os outros.
O filme mostra o lado dela, o que ela sofreu, como foi difícil, e de fato, foi. O que me deixa bem decepcionada é o pouco crédito que é dado a tribo, que a recebe de braços abertos. Uma européia que acha todos os costumes deles meio bárbaros, e que quer mudar a maneira das pessoas se relacionarem como se ela estivesse em Zurich.
Para culminar o descaso total, ela basicamente rouba a filha do pai, mente para ele dizendo que vai passar ferias na Suiça, e vai embora. É claro que eu não estou dizendo que ela tinha que ficar la, nem nada disso. Eu só acho, que o filme é uma grande ´romantização´ ( como deve ser o livro), de uma estória na verdade de uma mulher meio egoísta e impulsiva. Que não mediu as consequências dos seus atos na vida dos outros em nenhum momento. O filme, a retrata como a grande aventureira que foi la, se apaixonou, ficou, e quando não deu mais partiu. Ta certo, é o lado dela. Para mim, pareceu um pouco mais aquela velha estória do ocidental que tem direito de fazer o que quer, e ir embora quando não quer mais. O guerreiro Samburu, a tribo, e todas as pessoas pessoas que se abriram, que a aguentaram, que tiveram de certa forma um membro da familia ( a filha) roubado, são quem pagam o preço. São os que aliás não têm nem seu nome escrito na capa do livro ou filme. Em vez de Samburu, ela escolheu a palavra Massai, um tribo relacionada aos Samburu mais conhecida mas distinta.
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3 comentários:
Minha Querida, O livro realmente eh o O! Sabe que eu li, e nao sabia direito o que me incomodou tanto, mas ta ai no seu post. E no livro ela chama o cara incessantemente de Darling, ou Love, ou uma coisa sim....
mig
Olá...
Eu descordo de vc, realmente a fotografia do filme é linda. Mas é a história na verdade não é pra mostra somente o lado da Carola, e sim a diversidade cultural o choque de custumes de países diferentes no caso Suíça e uma tribo que muitas pessoas desconhecem. Eu gostei do filme, quem assisti por assistir realmente não vai gostar. Mas quem assisti prestando atenção nos detalhes vai amar o filme.
Nossa como o mundo está ausente de amor.Eu vi este filme com a mais perfeita e completa das emoções,eu vi ali que o amor existe de uma tal maneira que não escolhe Pátria,religião,povo,cor, nada! Foi amor a primeira vista,parecia o encontro de almas,Foi o filme mais lindo do mundo para mim,ela não roubou a filha, apenas levou a filha e ele sendo um guerreiro entendeu isso imediatamente.pelas nossas leis os filhos sempre ficam com a mãe,porque vc acha que a criança deveria ficar com ele?Sabia que ela dá ajuda a esta tribo?Ela não é uma oportunista,foi uma mulher que amou até as ultimas consequências.Eu os amei,eu queria que ele tivesse tido a oportunidade de ter saído de lá, mas ele não quiz, a escolha foi dele.Ja assisti a este filme umas 5 vêzes.Ela tentando tudo, ate um comércio,não é a sua visão de que o branco vem para modificar o mundo do negro,mas neste caso foi apenas amor.coisa de alma este filme essa histria é de cunho espiritual,é o que eu acho.O mundo de hoje sofre de ausencia de amor,e este filme é todo amor,e ninguém ira gostar mesmo,não tem sexo explícito.Uma mulher deixar um mundo civilizado, uma residencia aquecida por lareira e morar num murndu feito de fezes de animais que parece uma toca de cupim,é amor, apenas amor,e ela leva com ela a filha,o fruto deste amor.Uma mulher daquela jamais amará outro homem como aquele guerreiro foi amado.O que está acontecendo em nossos corações?
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