Parto de Istanbul em algumas horas, e mais dificil do que chegar até aqui é ir embora. Cheguei ha mais de uma semana, e exausta como relatei no meu ultimo post fui parar no aniversario de Nesli num pequeno restaurante. Ontem, voltamos la, para encontrar meus novos amigos e despedir-me. Um circulo completo. O Lonely Planet não deve considerar que em Istanbul eu estive... nao fui a um Hamman turco, nao fui ao Grand Bazar, nem a Mesquita de Souleimane ( estava fechada). Eu fiz é claro algumas coisas turisticas, visitei mesquitas lindas, a Haya Sofia, Sulthanamet, a Cisterna??. O que eu mais gostei no entanto foi de andar pelas ruas, cruzar o bosphorus, e conhecer a vida das pessoas que eu encontrei.
Não aquela vida que se imagina, de veu, e conservadora. Não, eu conheci os ativistas, quem lutou pelos direitos para os gays e os conseguiu. Eu conheci os dancarinos, os artistas, os arquitetos, os pintores, os yogis, os musicos. Eu participei de um workshop de consciencia corporal e danca, pude ouvir musica tradicional e ver como o corpo dos outros de outras culturas se movem diferentemente ao meu.
Eu conheci os inumeros cafes, e bares, tao mais aconchegantes dos que os que eu conheco em outras partes do mundo. Lugares desses que so se chega com quem aqui mora, porque eh sempre atras de uma rua, pegando um elevador, descendo uma escada, abrindo uma porta e entrando em outro mundo. E sao tantos os mundos que aqui co-existem.
Eu ainda escrevo mais precisamente depois. Agora é só para dizer que Istanbul é para mim as pessoas que eu encontrei. E nessa interacao maluca das pessoas fazerem o lugar, e o lugar fazer as pessoas descobri muitas coisas sobre mim. Por que distante do conhecido a viagem para dentro é mais facil. Em meio a muita fumaça, a um calor humano inacreditavel, enorme e contraditoria tolerancia existe Istanbul. Assim dividida entre a Europa e o Oriente Medio. De modernos e liberais, e conservativos e religiosos. Assim, cruzando de um lado para o outro, observando, encantando, guardando para si muito do que os por aqui passam essa cidade maluca vai se criando.
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