And herein lies the tragedy of the age:not that men are poor,.. all men know something of poverty;not that men are wicked,.. who is good? Not that men are ignorant,..what is the thruth? Nay, but that men know so little of man. W.E.B du Bois (The souls of Black Folk)
terça-feira, dezembro 04, 2007
Acordando no Saara
Quando finalmente descemos dos camelos, foi que sentimos o que tinha acontecido com nossas pernas. Meio bambas, meio moles, meio doloridas afundaram na areia. Hassan nos levou até nosso acampamento. Na frente da cabana havia uns tapetes, uma mesa redonda, e almofadas a volta. Deitamos os 3 olhando para o céu estrelado. Naquele momento eu soube que eu estaria para sempre ligada ao Haiko e a Dri. Dividir um momento desses marca! Enquanto apreciávamos as estrelas, Hassan nos trouxe chá. Aliás eu preciso de um post só para escrever sobre os chás no Marrocos!
Depois veio o Tagine, o meu e da Dri só de legumes, o do Haiko ja nem me lembro mais do que. Depois vieram frutas e outros quitutes mais. Ali no meio do deserto Hassan nos preparou uma refeição deliciosa. Sem nem pensar em escorpiões ou cobras dormimos do lado de fora. No deserto ao contrário do que dizem não fez frio. Temperatura agradável a noite toda, adormecemos olhando as estrelas!
No dia seguinte, acordei muito cedo. Aos poucos todos acordaram, e começamos a nos mobilizar para ver o sol nascer. Dri estava morrendo de dor de barriga, e eu também sentia um pouco. No meio do deserto não é nada fácil. Assistimos ao sol nascer e nos preparamos para partir. Com todos os lenços amarrados na cabeça subimos em nossos camelos. Não eram nem 7 da manhã e já fazia calor. O vento começou a aumentar, areia a voar e cada vez mais eu agradecia ter todos aqueles véus. Conforme fomos indo o tempo foi piorando: mais calor, mais sol e mais vento. O vento de certa forma aliviava o calor, mas a areia que vinha junto com ele machucava. Fomos indo, e apesar de ser muito engraçado, e inesquecível, mal víamos a hora de chegar de volta ao hotel e tomar um banho.
Eventualmente avistamos nosso carro muito antes do que esperávamos. Ficamos encantados com a idéia do Abdul de ir nos buscar. Descemos suando, melados de areia, exaustos, e descobrimos que o carro tinha atolado. Tentamos desatola-lo, mas nao houve jeito, tivemos que subir de novo no camelo. Voltar ao camelo foi desesperador, mais depois de mais meia hora de sofrimento estávamos de volta ao hotel. Descemos rapidamente, desesperadas ( eu e Dri), para ir ao banheiro e tomar banho. Lembramos-nos então que as coisas estavam no carro, aquele que estava atolado no deserto.
* Fotos by Adriana Torres.
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Um comentário:
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